29.5.06

JAGUAR

Os proprietários de um JAGUAR brincam que não basta ter dinheiro para guiar um carro da marca britânica. É preciso também muita classe. Com estilo conservador, qualquer alteração no design leva pelo menos três anos para ser aprovada. O acabamento é extremamente requintado: bancos de couro amaciado, detalhes de raiz de nogueira e tapetes de lã de carneiro. Ou seja, um automóvel digno de um verdadeiro Lorde.

A história
O embrião da marca JAGUAR foi gerado no dia 11 de setembro de 1922, na cidade inglesa de Blackpool, quando William Lyons e seu amigo William Walmsley, dois jovens entusiastas do motociclismo, fundaram uma empresa, chamada Swallow Sidecar Company, em uma pequena garagem. A nova empresa produzia inicialmente somente Sidecars (uma espécie de carrinho lateral para ser acoplado em motocicletas). Em 1926, a empresa diversificou seus negócios, passando a produzir carrocerias de automóveis para a fábrica Austin Seven, um modelo inglês tremendamente popular na época. A primeira encomenda, 500 unidades, foi feita por um senhor chamado Henly, proprietário de uma concessionária londrina. Era um bom começo para a empresa e uma oportunidade de diversificação de seus negócios. A fábrica foi mudada para a cidade de Coventry em 1928, e alguns anos depois, devido ao grande sucesso de suas carrocerias, resolveu produzir seus primeiros automóveis: os modelos SSI (com carroçaria extremamente baixa e o capô escandalosamente comprido) e SSII (uma versão mais curta), que causaram uma boa impressão no Salão do Automóvel de Londres em 1931.


Assim, em 1934, nasceu oficialmente a SS CARS. Lyons passou a concentrar-se na melhoria mecânica dos veículos. Primeiro, contratou Harry Weslake, um conhecido engenheiro, especializado no design e concepção de motores. Em seguida, criou o Departamento de Engenharia e nomeou como seu engenheiro chefe o jovem William Heynes, que teria grande importância para a empresa nas três décadas seguintes. Em 1935, a empresa começou a produzir automóveis mais potentes, de alto desempenho. Esses foram os primeiros automóveis com a marca JAGUAR (modelo SS 100) a serem produzidos. O nome JAGUAR foi sugerido pela agência de publicidade da empresa na época, pois a palavra passava o conceito de graça, elegância, força, agilidade e velocidade (características do animal de mesmo nome). Com atitude típica de um assessor de comunicação, Lyons organizou um almoço no Mayfair Hotel, em Londres, para apresentar o novo modelo à imprensa, alguns dias antes de sua estréia no Salão Automóvel. O SS Jaguar 2½ litros de quatro portas foi apresentado com pompas, recebendo muitos comentários favoráveis. O primeiro carro JAGUAR a ganhar uma corrida foi o SS 100 em 1936, dirigido pelo jornalista Tom Wisdom e sua mulher, que venceram a prova International Alpine Trial. Era um bom começo para a exposição do novo automóvel e da marca JAGUAR.


Veio então a Segunda Guerra Mundial, e a sigla SS passou a ser associada a SchutzStaffel, organização paramilitar do partido nazista. Para evitar problemas, a empresa foi rebatizada como JAGUAR, nome de um de seus modelos produzidos nos anos 30. Durante a guerra, a produção de sidecars foi aumentada para utilização militar, tendo sido produzidos quase 10.000 unidades. Em complemento, os aviões e a produção de componentes bélicos, tiveram efeito benéfico adicional com a implantação do design e da tecnologia aeronáutica. Pouco depois do final do conflito a divisão de sidecar foi vendida e os veículos de quatro portas e conversíveis de 1½, 2½ e 3½ litros foram reintroduzidos para dar início às grandes iniciativas de exportação. A versão de 3½ litros consumia combustível em demasia para o mercado Inglês, mas era ideal para os Estados Unidos, para onde foi exportada a grande maioria das unidades.


Foi como JAGUAR que a marca conseguiu os grandes marcos de sua história, a começar pelos luxuosos sedãs Mark V. Mas o melhor dos anos pós-guerra ainda estava por vir, e chegou meio que por acaso. A empresa pensava apenas em construir um conversível de dois lugares para o lançamento do motor XK (que equiparia os grandes sedãs da marca). Eram seis cilindros em linha e duplo comando de válvulas no cabeçote de alumínio. O esportivo teria fabricação restrita. A estréia no Salão de Londres de 1948 mudou o rumo da empresa, que não esperava tanto sucesso. Choveram encomendas, e, ao fim do evento, havia pedidos suficientes para um ano de produção do carro, batizado de XK120, que se tornaria um dos melhores modelos esportivos da história da indústria automobilística. No ano seguinte o modelo começou a ser entregue e ganhou fama nos Estados Unidos. Além de bonito, era o carro de série mais rápido da época, acelerando de 0 a 100 km/h em nove segundos. Nas versões mais potentes, superava os 200 km/h.


E foi com o motor XK que a JAGUAR ganhou destaque nas competições automobilísticas, ainda na década de 50, com o bólido C-Type, vencedor da tradicional prova 24 Horas de Le Mans em 1951 e 1953. Não bastasse isso, também foi o primeiro esportivo do mundo equipado com freios a disco. Seu sucessor, também produzido somente para a disputa de provas automobilísticas, foi o modelo D-Type, de um só lugar. Foram três vitórias consecutivas em Le Mans, de 1955 a 1957. A JAGUAR produziu em pequena escala uma versão de rua do modelo com dois lugares, chamada XKSS. Em 1960 a empresa adquiriu a Daimler, uma empresa pioneira na indústria automobilística mundial. A montadora necessitava de mais espaço e a Daimler dispunha de uma fábrica de grandes dimensões em Coventry, para onde seria subseqüentemente transferida a produção de motores. No ano seguinte, a JAGUAR revolucionou o mercado dos carros esportivos com o design arrojado do modelo E-Type. O carro era extremamente veloz, com grande aceleração, flexibilidade e conforto, além do aspecto imponente.


Em uma nova tentativa de vencer em Le Mans, a marca construiu, entre 1964 e 1966, um carro de corrida com motor V12 central. Era o belo XJ13, que demorou muito a ficar pronto e nunca foi posto para correr oficialmente. Sir Williams se retirou da empresa em 1972, sendo um dos homens mais excepcionais e influentes no segmento automobilístico, além de ter sido um talentoso projetista. No ano seguinte foi lançada a nova versão do XJ e em 1975 o XJ Cupê. A versão conversível chegou ao mercado em 1983. Depois de diversas fusões e separações com outros fabricantes, em 1989 a JAGUAR foi comprada pela americana Ford.


A recessão mundial de 1990, que resultou em condições de comercialização mais difíceis, em particular no segmento de veículos de luxo, traduziu-se numa redução das vendas dos automóveis da marca em muitos mercados. No entanto, apesar da recessão, nesse ano a JAGUAR conseguiu estabelecer recordes de vendas na Alemanha, Itália e Japão. A empresa então passou por uma reestruturação. Os objetivos centravam-se em três pontos fundamentais: melhoria contínua da qualidade do produto, aumento da eficiência de produção e desenvolvimento e implantação de uma nova e excitante gama de modelos. Com as vendas não apresentando sinais de recuperação, a JAGUAR enfrentava uma situação crítica. Seria necessária uma redução drástica do número de trabalhadores para tornar a empresa mais eficiente e garantir a sua viabilidade.


Em 1991, foram lançados os programas de reforma antecipada, que no final do ano, resultaram numa redução de um terço dos trabalhadores, tendo o número total sido reduzido para 8.000. Foi um período de grandes mudanças, mas que teve também alguns momentos de glória. A JAGUAR ganhou novamente o Campeonato Mundial de Sports Car com o revolucionário XJR-14, dominando por completo a competição, que incluiu às 24 Horas de Le Mans. Apesar de ter perdido a vitória por uma margem ínfima, obteve um dos seus melhores resultados na prova, quando três XJR-12, com motor V12, terminaram em segundo, terceiro e quarto lugares. Uma nova Série XJ foi apresentada no Salão do Automóvel de Paris em outubro de 1994 e o seu lançamento monopolizou as ações da marca durante esse ano. O lançamento foi ainda mais notável pelo fato da montadora ter, pela primeira vez, desenvolvido um veículo novo, produzido sob os padrões mundiais de qualidade, simultaneamente em todos os seus mercados. Tendo utilizado o nome de código X300 durante o seu desenvolvimento, a nova série XJ representou um investimento superior a £200 milhões e foi o primeiro produto JAGUAR desenvolvido após a aquisição pela Ford. Os engenheiros da montadora criaram um novo XJ mais silencioso, requintado, confortável, rápido e, ao mesmo tempo, mais econômico, seguro e confiável.


Em 2001 foi produzido o JAGUAR de número 1.500.000, um XJ8 Saloon, que saiu da linha de produção da mais antiga fábrica da montadora, Brown’s Lane em Coventry. Devido aos descomunais prejuízos, a Ford, que passava por uma situação financeira delicada, acabou por vendê-la em março de 2008 por US$ 2.3 bilhões, incluindo a marca Land Rover, para a montadora indiana Tata Motors. A partir deste momento a montadora decidiu redesenhar e revitalizar toda a sua gama de modelos, que começou com o aclamado XF, um luxuoso sedã de quatro portas e cinco lugares; seguido pelo XK (cupê e conversível), nascendo assim um dos melhores GT do mundo; e mais recentemente o novo XJ, que incorporou todas as virtudes que caracterizam um JAGUAR.


Durante toda sua história, a JAGUAR teve o privilégio de ser a pioneira de uma gama de inovações, como por exemplo, o motor 2.7 litros à diesel, que de tão grande potência e necessidade de resfriamento, exigiu que fosse instalado um sistema duplo de radiador para alimentá-lo de maneira satisfatória; o desembaçador automático de vidros dianteiros e traseiros; e a navegação inteligente por satélite. Recentemente a marca britânica anunciou que vai aproveitar a experiência da Land Rover, também pertencente ao grupo indiano Tata, e lançar um utilitário esportivo compacto, ainda sem data certa para estrear no mercado mundial.


A linha do tempo
1948
Obra prima da marca britânica, o SUPER SPORTS foi apresentado no Earl’s Court Motor Show de Londres, entrando em produção no ano seguinte já como XK 120 — o número 120 representava sua velocidade máxima, em milhas por hora, o que fez dele o carro de série mais rápido do mundo na época. Fabricado artesanalmente com carroceria de alumínio martelada a mão, a JAGUAR teve que adotar, a partir de 1950, carrocerias de aço e a montagem em série para atender a enorme fila de interessados. Até 1954 foram produzidos 12.061 veículos, sendo 7.614 deles conversíveis, 2.680 cupês e 1.767 de capotas rígidas removível.
1950
Lançamento do modelo MKVII, desenhado especialmente para o mercado norte americano, que poucos meses depois de sua apresentação, já tinha atingido pedidos no valor de US$ 30 milhões.
1961
Lançamento do E-TYPE, inspirado no modelo de competição D-Type: capô longo, linhas musculosas e aerodinâmicas, de uma beleza que ofuscou mitos como Ferrari e Mercedes-Benz. O desempenho também era fabuloso: freios a disco nas quatro rodas (sendo que os traseiros ficavam no centro do carro, ao lado do diferencial), motor de 6 cilindros em tripla carburação e uma ótima relação peso-potência. Um verdadeiro ícone automobilístico e, sem dúvida, o esportivo mais famoso da história, foram fabricadas 70.000 unidades do E-Type em treze anos, das quais aproximadamente 60% foram exportadas para os Estados Unidos.
1963
Lançamento do S-TYPE, que representava um compromisso agradável, em termos de design, entre o Mark II e o Mark X. Ainda mais importante, o modelo incorporava suspensão traseira independente e foi disponibilizado com os motores de 3.4 ou 3.8 litros.
1966
Lançamento do XJ6, que era, não apenas soberbo graças ao excelente trabalho de Bob Knight durante o seu desenvolvimento, como também estabeleceu novos padrões de conforto e requinte.
1972
Lançamento do XJ12, um sucesso de proporções ainda maiores que o XJ6. O modelo atingia uma velocidade máxima próxima dos 225 km/h, enquanto que a aceleração de 0 a 96 km/h demorava apenas 7.4 segundos.
1973
Lançamento do fabuloso - e excepcionalmente belo - XJ COUPÉ. A base da carroçaria foi alterada para abrigar apenas duas portas, sem armações para os vidros. Assim, sem um pilar central, as janelas dianteiras e traseiras podiam ser recolhidas para proporcionar uma abertura completa. Com as janelas abertas, o XJ6C e o XJ12C apresentavam linhas extremamente elegantes e esportivas.
1975
Lançamento, em setembro, do modelo XJ-S. Embora houvesse quem considerasse que as linhas do novo modelo eram um pouco controversas, ninguém podia reclamar quanto às suas impressionantes especificações: motor V12 de injeção, aceleração de 0 a 96 km/h em apenas 6,9 segundos e velocidade máxima de 241 km/h. Os níveis de requinte foram elevados para o equivalente de um automóvel de luxo, sendo o ar condicionado disponibilizado como equipamento de série.
1981
Lançamento do XJS, um cupê de 2+2 lugares, capô longo, traseira baixa com as laterais simulando um fastback, faróis grandes e ovais. Seu interior era sofisticado, mais próximo do luxuoso sedã XJ, com revestimento em couro, apliques de madeira e ar-condicionado.
1991
Mesmo sem aprovação da JAGUAR, os engenheiros projetavam um super carro capaz de atingir 220 milhas por hora, equipado com o tradicional V12 da marca (mas com 500 cv de potência) e tração integral. Depois de pronto, a marca acabou aprovando o projeto e decidiu que seriam produzidas apenas 298 unidades. Ao ganhar as ruas, o XJ220 sofreu algumas mudanças, perdendo a tração integral e tendo o V12 substituído por um V6 biturbo. Seu comportamento era excepcional graças ao chassi de corrida, desenvolvido pela TWR baseado no modelo de competição XJR-11. Mas o acabamento não honrava a tradição da marca, com muitos componentes baratos. Foi considerado o carro de passeio produzido em série mais veloz do mundo, atingindo 349.2 km/h, segundo o Guinness Book.
1996
Lançamento do modelo XK8, que restabeleceu a JAGUAR como uma das principais montadoras de carros esportivos do mundo. O modelo, rebatizado para XK, teve sua segunda geração lançada em 2006.
1998
Lançamento do XJR, que conciliava o requinte e luxo de um interior forrado com couro Connoly e madeira de raiz de nogueira, uma carroceria de desenho imponente e discreto, com toda a esportividade de um motor capaz de levar o bólido a uma marca superior a 250 km/h, se não fosse equipado com um limitador de velocidade.
Lançamento do XKR, que nasceu para comemorar as bodas de ouro da série XK, a mais antiga da marca britânica. No visual, o modelo trazia apenas duas diferenças em relação ao XK8: o discreto aerofólio traseiro e as duas entradas de ar no capô (que ajudavam na refrigeração do motor). O motor V8, aspirado no XK8, ganhou um turbo-compressor nesta versão apimentada. A nova geração do modelo foi lançada em 2007.
2000
Lançamento do um novo site que permitia aos clientes consultar a linha completa de veículos e selecionar a sua especificação on-line. Com acesso a todas as cores e opções disponíveis, o cliente tinha a possibilidade de criar um veículo virtual com as especificações que desejasse.
2002
Lançamento do X-TYPE, projetado sobre a plataforma do Ford Mondeo, de quem herdou suspensão, freios e bloco do motor. Como se isso não bastasse, o modelo inaugurou a presença da marca JAGUAR em um segmento de mercado ocupado pelos BMW Série 3, Audi A4 e Mercedes-Benz Classe C. JAGUAR de verdade tem tração traseira. Como no Mondeo a tração é dianteira, o sistema 4x4 foi a solução encontrada para esse impasse.
2003
Lançamento do X-TYPE ESTATE, debutando no segmento de peruas de luxo, cujo acabamento interior seguia à risca o padrão de qualidade da marca.
2004
Lançamento de dois novos motores diesel que iriam equipar os primeiros veículos da marca neste segmento. Os dois novos motores eram um 2.0 litros de quatro cilindros, que seria disponibilizado como alternativa ao 2.0 litros a gasolina do X-TYPE e um V6 turbo-diesel de 2.7 litros, disponível na linha S-TYPE. Ambos os motores utilizavam a mais recente tecnologia common-rail diesel e tinham sido especialmente desenvolvidos para satisfazer as necessidades dos clientes de veículos de luxo, proporcionando níveis reduzidos de ruído.
Apresentação do CONCEPT EIGHT. Lançado oitenta e dois anos após o jovem William Lyons ter aberto a sua primeira empresa, era um exemplo perfeito de como seus padrões foram mantidos. Elegante, luxuoso, potente, com uma condução entusiasmante. Só podia ser um JAGUAR.
2007
Apresentação, no Salão do Automóvel de Frankfurt, do modelo XF, um sedã esportivo de quatro portas com motor 4.2 V8 Supercharged. O novo XF, lançado ao público em 2008, é exportado da fábrica de Castle Bromwich para 66 mercados no mundo inteiro. No Brasil, o modelo chegou no primeiro semestre de 2008.
2009
Lançamento do novo XJ, construído em uma nova plataforma com carroceria de alumínio, design agressivo e alta qualidade em materiais novos e recicláveis, o modelo prometia desbancar seus principais concorrentes alemães. O modelo tinha preços que partiam de €80 mil, sendo que sua motorização e sofisticação variavam de acordo com a versão escolhida, podendo ter motores que iam de um V6 3.0 turbo-diesel de 275cv até um potente V8 5.0 twin-turbo de 510cv.
2010
Apresentação do carro conceito C-X75, um superesportivo híbrido, equipado com um motor de quatro cilindros apoiado por dois motores elétricos, sendo um em cada eixo do automóvel. Recentemente a montadora anunciou que iniciará a produção do modelo, limitado à apenas 250 unidades. O carro será desenvolvido com a colaboração da equipe Willians de Fórmula 1, que colocará seus conhecimentos e experiências em áreas como aerodinâmica, compostos de carbono, além das tecnologias híbridas. A marca de luxo aceitará pedidos pela internet ou por meio de uma central de atendimento exclusiva. No Reino Unido, o custo do veículo será de £700 mil a £900 mil.
2011
Lançamento do XKR-S, versão mais potente do modelo XK, equipado com um motor V8 supercharged uprated, suspensão revisada e um novo design aerodinâmico. A marca britânica informa uma velocidade máxima de 298 km/h e uma aceleração de 0-100 em 4.2 segundos, ou seja, o modelo mais rápido já produzido pela JAGUAR. Por outro lado, o modelo é o único esportivo de sua classe a emitir menos de 300 gramas de CO2 por km rodado.
2012
Apresentação do XF SPORTBRAKE, uma nova perua com o equilíbrio perfeito entre elegância e finalidade. Após o fracasso da X-Type Sportwagon, as características mais marcantes do novo modelo são as grandes lanternas de LED e os 550 litros de capacidade do porta-malas. Com os bancos rebatidos, o volume total aumenta para 1.675 litros. As opções de motores são a diesel, 2.2 de quatro cilindros e outro 3.0 de seis cilindros. O conjunto tem ainda transmissão automática de oito velocidades.



Tecnologias e luxos
Motor Diesel V6
O motor Diesel 2.7 V6, com um consumo médio de 4,78 litros à 100 km, é tão eficiente que exige um radiador suplementar para fornecer ar suficientemente quente.
Vidros com desembaçador automático
Os vidros aquecidos, dianteiro e traseiro, além dos espelhos das portas, são ligados automaticamente quando a temperatura ambiente exterior atinge um grau centígrado.
Navegação por satélite
Sempre que o nível de combustível estiver baixo, a navegação por satélite indica automaticamente os postos de serviço mais próximos.
R-Perfomance
Nesses modelos a transmissão automática de 6 velocidades é programada para não passar para uma velocidade mais alta no meio de uma curva, sempre que for detectada uma carga gravitacional lateral elevada.
Controle de Velocidade Adaptável (ACC)
Esse controle utiliza tecnologia de radar desenvolvida para a indústria aeronáutica.
JaguarVoice
Com ele é possível regular a temperatura interna do veículo, definir um destino no GPS, controlar os aparelhos de TV, Rádio e CD, MD, e fazer uma chamada telefônica utilizando o sistema Bluetooth, tudo isto sem retirar as mãos do volante ou desviar os olhos da estrada.
Transmissão ZF
O cérebro eletrônico da transmissão ZF “aprende” a responder ao estilo de condução de cada motorista. No modo Sport, o acelerador e o comportamento nas curvas são monitorizados. Sempre que for detectado um estilo de condução mais agressivo ou uma estrada em más condições, é inibida a 6.ª marcha, tornando mais acessíveis as velocidades baixas, de modo a evitar oscilações. Em modo normal, a 6.ª marcha é reativada para maximizar a excelência e a economia. Após uma forte brecada o sistema passa para uma velocidade mais baixa, de modo a permitir uma aceleração perfeita, caso seja necessário.
Suspensão do XJ
Em vez das tradicionais molas de aço em espiral, o XJ utiliza unidades avançadas de molas/amortecedores a ar automático, para conferir o equilíbrio ideal de deslocação e condução, quaisquer que sejam as condições da estrada. Sensores de altura enviam informações para um módulo de controle eletrônico garantindo que a suspensão esteja permanentemente equilibrada, independentemente do peso dos passageiros ou da bagagem.
Acabamentos XKR
Os acabamentos do modelo XKR, em raiz de nogueira de alta qualidade, são retirados, não do tronco, mas dos rebentos junto à base de nogueiras americanas com 75 anos de idade. Estes “nós”, com o seu padrão característico, são arrancados, aparados e enviados para Inglaterra, onde são cortados para produzir belos acabamentos. Os operários especializados da montadora britânica conseguem produzir acabamentos simétricos a partir dos mesmos nós, para os embutidos dos painéis frontais e para as portas. Isto obriga a retirar sucessivas lâminas de madeira, até obter um padrão perfeitamente simétrico. Os laminados são depois colocados com veios alternados sobre um suporte metálico e colados a quente. Depois de laqueados, passam por sucessivas etapas de polimento, até cada um dos conjuntos serem colocado e combinado com o carro para o qual foi produzido.


As instalações
No ano 2000, a empresa inaugurou o novo estúdio de design avançado, em honra à Geoff Lawson, o icônico diretor de design da montadora que morreu subitamente em junho de 1999. O objetivo do estúdio Lawson, situado no centro de engenharia de Whitley e sob a direção do diretor de design Ian Callum, é investigar e explorar novos conceitos de design e nichos de mercado que possam vir a ser realidades futuras da marca JAGUAR.


A montadora também possui o Centro de Produção Avançada em Birmingham (montagem de carroçarias e pintura, revestimentos interiores e montagem final de todos os modelos S-TYPE, XJ, XK e XF) e a fábrica de Liverpool (estampagem, construção da carroçaria, pintura, revestimentos interiores e montagem final). Além disso, a montadora mantém, desde 1998, o Museu Jaguar Daimler Heritage Trust, localizado na antiga fábrica de Browns Lane em Coventry, sede administrativa da empresa, responsável por preservar toda a história da marca JAGUAR. O museu expõe aproximadamente 160 modelos de automóveis históricos da marca britânica, além de um extenso arquivo de imagens, artefatos e documentos. Recentemente a montadora anunciou o encerramento das atividades de seu museu permanente. De acordo com a empresa, o fechamento do espaço se deve para cortar custos, pois há gastos altos para mantê-lo aberto e o retorno do público é pouco. O local continua funcionando até setembro 2012. No entanto, a marca britânica garante que não venderá qualquer exemplar de seu acervo. Os modelos mais aclamados ainda serão levados a eventos de automóveis clássicos, como o de Goodwood e o concurso de elegância de Pebble Beach.


A evolução visual
A identidade visual da marca sofreu algumas alterações ao longo dos anos. Ganhou uma nova tipologia de letra, mais afinada, e um novo design para seu símbolo em 2002. Recentemente, em 2012, juntamente com sua nova campanha de marketing, a marca resolveu mexer no seu tradicional logotipo. Tanto o pulo quanto a coloração do felino foram modificadas, deixando-o com um aspecto mais vivo. O ícone ganhou linhas metálicas e sombra. As letras ficaram mais largas e baixas.


O símbolo da marca é o LEAPER (um jaguar saltador), um opcional gratuito que 90% dos donos de JAGUAR adquiriam. Trata-se de uma estatueta prateada de um jaguar (leopardo), que evoca o felino do Apocalipse, afixada no capô frontal de seus veículos. Na Grã-Bretanha sua aquisição era proibida por motivo de segurança, pois podia ferir alguém em um acidente. Recentemente este símbolo foi completamente modificado e passou a ser fixado na grade do capô frontal, adquirindo também uma nova identidade visual. Mas o felino saltador continua vivo no logotipo da marca e na parte traseira dos veículos.


Os slogans
How alive are you?
(2012)
Born to perform.
Unleash a Jaguar.
Don’t dream it. Drive it!
Jaguar. The art of performance.
Grace.... space... pace.
Be moved everyday
(XF)
Feel how alive luxury can be. (XJ)
Experience extreme exhileration. (XK)


Dados corporativos
● Origem:
Inglaterra
● Fundação:
11 de setembro de 1922
● Fundador:
William Lyons e William Walmsley
● Sede mundial:
Whitley, Coventry, Inglaterra
● Proprietário da marca:
Tata Motors Ltd.
● Capital aberto: Não (subsidiária)
● Chairman:
Ratan Tata
● CEO & Presidente:
Ralf Speth
● Faturamento:
Não divulgado
● Lucro:
Não divulgado
● Fábricas: 2
● Concessionárias: + 700
● Vendas globais: 49.960 unidades (2011)
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil:
Sim
● Maiores mercados:
Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha
● Funcionários: 10.000
● Segmento:
Automobilístico
● Principais produtos:
Automóveis de luxo
● Concorrentes diretos:
BMW, Mercedes-Benz, Porsche, Cadillac e Infiniti
● Ícones:
O Jaguar Saltador
● Slogan:
How alive are you?
● Website: www.jaguar.com

A marca no mundo
A marca JAGUAR, que ao longo do tempo introduziu no mercado veículos que se tornaram lendários, possui aproximadamente 700 concessionárias e lojas ao redor do mundo, estando presente em 120 países. Os maiores mercados da marca, que vendeu aproximadamente 50 mil automóveis em 2011, são Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, China e Itália, que correspondem a 74% de suas vendas globais. Os valores da marca JAGUAR estão também presentes numa gama exclusiva de produtos denominados Coleção Jaguar. A linha constitui uma oportunidade única de acrescentar à vida dos consumidores um pouco do luxo da marca britânica. A coleção inclui vestuário informal, acessórios de viagem e de moda, canetas e óculos de sol. Para os entusiastas, existem também modelos de carros em miniatura e brinquedos, pra lá de caros. Todos os artigos foram desenhados exclusivamente para a marca JAGUAR, indo buscar inspiração na história da montadora, mesclando-a com as mais recentes inovações tecnológicas.

Você sabia?
Nas corridas da década de 50, aqui no Brasil, sempre havia um JAGUAR XK 120 competindo, principalmente em Interlagos e nos circuitos de ruas do Rio de Janeiro.
A JAGUAR ingressou na Fórmula 1 em 2000, depois que a Ford assumiu a equipe Stewart, fundada pelo tricampeão mundial Jackie Stewart em 1997. A montadora deixou a categoria em 2004 sem alcançar resultados expressivos, conquistando apenas dois pódios.
A empresa é proprietária da montadora Daimler Motor Company (não confundir com o grupo Daimler-Benz), adquirida nos anos 60. Desde então, os modelos mais luxuosos da marca JAGUAR passaram a receber Daimler em seus nomes.
A marca é a responsável pelo automóvel utilizado pelo Primeiro Ministro inglês.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Veja, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).

Última atualização em 20/3/2012

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá,
eu nao sei se vocês vão ver esse comentário já que esse post é antigo mas eu estou fazendo um trabalho de publicidade e precisava dessa propaganda do jaguar que eu não estou encotrando na web.Caso voces tenham , por favor mande pro meu email:brunalibman@hotmail.com.
Obrigada

Anônimo disse...

There's no doubt that the halcyon days of Jaguar that you wrote about could well now be back (or at least a modern equivalent of them). The latest XKR and XF models do look as though they've broken out of the rather staid form that Jaguar have been in for a good few years.