14.2.17

IFOOD


Pedir comida pelo telefone é coisa do passado. Depois do iFood, não é preciso depender de imãs de geladeira e toneladas de panfletos para encontrar o que pedir. Pode também dispensar o telefone e esquecer as intermináveis filas de espera até receber a comida. Um hambúrguer? Um filé com fritas? Talvez algo saudável, como um sanduíche natural? Ou quem sabe uma pizza? E até aquela compra de supermercado? O iFood veio para deixar seu prato preferido ou suas compras de mercado a um clique de distância. 

A história
Tudo começou com os sócios Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante (foto abaixo). Sigrist era proprietário da Disk Cook, que desde 1997 oferecia toda a estrutura de delivery a restaurantes que não tinham o serviço. Era um guia (impresso) de cardápios com uma central telefônica que gerenciava pedidos de entregas de refeições em domicílio para restaurantes de alto padrão. O empresário percebeu que seu modelo de negócio poderia funcionar muito melhor caso o telefone fosse substituído pela internet. No dia 15 de maio de 2011, ele e seus sócios resolveram criar em São Paulo o iFood, inicialmente um site que nascia com a ambição de se tornar uma grande praça de alimentação online. Com apenas seis meses de vida, o site já reunia o cardápio de 650 restaurantes e contabilizava mais de 16 mil pedidos realizados pela web. Para que o delivery fosse bem sucedido na internet, o iFood demandou uma inovação tecnológica. Depois que o consumidor escolhia um item do cardápio e fechava a conta pelo site, a descrição do pedido saía em um tíquete impresso no restaurante por uma máquina semelhante às usadas nas operações de cartão de crédito.
   

Pouco depois, a confiabilidade do sistema ajudou a empresa a conseguir um aporte de R$ 3.1 milhões do fundo de investimento Warehouse. Isto permitiu que o iFood disputasse clientes com um concorrente de peso na época: o Restaurante Web. O iFood começou a ganhar grande visibilidade em 2012 quando lançou um aplicativo para iPhone focado no mercado de delivery. O aplicativo permitia o acesso ao sistema de pedido, cardápios, preços, formas de pagamentos, incluindo a geolocalização, que mapeava os estabelecimentos localizados na área de entrega desejada. Com o aplicativo, que também seria lançado para outros sistemas operacionais como Android, o iFood oferecia uma solução completa e inovadora de entrega de comida para o consumidor.
   

O aplicativo trazia uma enorme vantagem ao público, considerando que ele dispensava o uso do computador para pedir a comida e ia ao encontro de uma tendência que vinha ganhando cada vez mais força: mobilidade e praticidade, a frequente utilização de smartphones para a realização dos mais diversos tipos de tarefas. O aplicativo de delivery de comida ganhou impulso em 2013 ao receber um aporte de US$ 5.25 milhões da Movile - empresa líder em plataformas de comércio e conteúdo virtual na América Latina, que aumentaria sua participação ao longo do tempo. Com isso o serviço foi expandido para outras várias cidades brasileiras. Em seguida, o iFood acelerou seu crescimento por meio da fusão com diversos sites similares, como por exemplo, o Restaurante Web (então controlado pela britânica Just Eat). Isso garantiu que o iFood consolidasse sua liderança no mercado brasileiro.
   

Em 2014, o iFood anunciou a compra da Central do Delivery, cuja aquisição ampliou sua atuação nas regiões norte e nordeste do país. Ao todo, foram incorporados 260 novos estabelecimentos ao iFood, fortalecendo a base nas capitais Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), além de iniciar atuação em novas praças, como João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Manaus (AM). Em 2015, o iFood alcançou seu primeiro milhão de pedidos entregues. No ano seguinte, quase triplicou esse número, impulsionado pela fusão com a Spoon Rocket. O iFood também iniciou a expansão de suas operações para outros países da América Latina. Como por exemplo, a Argentina (as operações foram encerradas em 2018) e a Colômbia, onde chegou em 2015, mas após sete anos, no final de 2022, encerrou suas atividades no país, muito em virtude da pesada concorrência de um rival local chamado Rappi (conheça essa outra história aqui).
   

E a fome do iFood parecia ser igual a de seus clientes. Isto porque, em 2016, um de seus maiores concorrentes a HelloFood, passou a ser controlado pela empresa. Pouco depois, após levantar US$ 100 milhões com investidores, a empresa adquiriu 49% do serviço mexicano de delivery de comida SinDelantal, dando o primeiro passo para o processo de internacionalização de seus negócios. Apesar do sucesso inicial, o iFood deixou o mercado mexicano recentemente, assim como fez com suas outras operações internacionais. Além disso, nesse período a marca continuou desenvolvendo novos serviços e funções (alguns deles como teste de mercado) como o Descobrir, onde os usuários podiam encontrar listas de restaurantes de acordo com ocasiões e preços. Havia promoções, dicas além do bairro, para quem tinha pressa. Os clientes também podiam criar suas listas privadas e gravar restaurantes favoritos.
   

A empresa resolveu aplicar toda sua expertise no segmento de Delivery de restaurantes no ambiente de mercado e no mês de abril de 2019, ampliou seus serviços com o lançamento do iFood Mercado, no qual o usuário faz o pedido (compras de supermercados), que é entregue na casa do consumidor. Durante a pandemia esse serviço foi ampliado e passou a contar, além das compras de mercados, com pedidos em drogarias, lojas de pets e lojas de conveniência, entre outros. Atualmente o iFood Mercado conta com mais de 40 mil parceiros, entre mercados, conveniências, pets e farmácias para oferecer alimentos, bebidas, produtos de conveniência, itens de farmácia e para os animais de estimação.
  

Além disso, a empresa apresentou novidades ainda em 2019: o iFood Empresas, que elimina os processos de reembolso de refeições das empresas; o iFood Card, um cartão pré-pago que pode ser oferecido em situações específicas (escolha o valor e quem ganha decide o que vai comer); o iFood Box, armários em estabelecimentos comerciais e residenciais para armazenar os produtos enquanto os consumidores estiverem impossibilitados de ir ao encontro do entregador; e o iFood Shop, um marketplace onde os proprietários do restaurantes encontram mais de 150 fornecedores e 15 mil itens, de insumos a embalagens, podendo economizar até 20% em suas compras.
   

Com a pandemia de COVID-19 em 2020 e a consequente restrição de circulação de pessoas, o iFood assistiu sua demanda explodir e acelerou seu desenvolvimento ao ampliar suas operações para várias outras cidades brasileiras. Com milhões de pessoas pedindo e comprando online, o iFood passou a entregar 39 milhões de pedidos por mês. E durante o primeiro ano de pandemia a empresa também inovou para se manter relevante no mercado e lançou o Clube iFood, um programa de fidelidade que oferece cupons de descontos aplicáveis aos pedidos de todos os restaurantes que estão no aplicativo. Em 2021, a empresa ingressou no mercado de benefícios com o lançamento do iFood Benefícios, um cartão físico com bandeira Elo (conheça essa outra história aqui) que funciona tanto como vale-alimentação e vale-refeição.
  

E o iFood iniciou o ano de 2022 com grandes novidades: além de se tornar a primeira empresa das Américas a poder usar drones no delivery de refeições, passou a utilizar motos elétricas como parte da frota de seus entregadores (a previsão é que até o fim de 2022 aproximadamente 10 mil motos desses modelos estejam nas ruas com a intenção de reduzir o impacto ambiental provocado pelo trânsito). Ainda este ano, o iFood entrou no ranking das dez empresas mais inovadoras da América Latina, elaborado anualmente pela revista Fast Company, que é referência no mundo dos negócios criativos, especialmente na área de tecnologia. Além disso, a revista destacou os esforços e o compromisso do iFood para se tornar uma empresa carbono neutro e livre de plástico até 2025. Por exemplo, somente em 2021, o iFood realizou mais de 100 milhões de entregas sem itens plásticos. Em 2020, o iFood já havia sido tema nessa área ao investir em bicicletas elétricas como uma solução original para reduzir o impacto ambiental do delivery.
   

Já na Black Friday de 2022, o iFood entregou 2.4 milhões de refeições e produtos, um recorde de vendas em sua história. Nos restaurantes, o item mais pedido foi o hambúrguer, campeão da preferência nacional no iFood. Já nas entregas de mercado, a banana (que costuma ser a segunda mais pedida nesse tipo de compra) assumiu a primeira posição. Atualmente o iFood é muito mais que uma food delivery: é mercado, farmácia, pet, benefícios e muitos mais. Por isso, é para qualquer lugar, hora, bolso ou gosto. iFood é pra qualquer fome. E se não bastasse, ainda conseguiu criar um símbolo forte e instantâneo de identificação de marca. Afinal um motoqueiro com uma mochila/baú vermelha nas costas, constantemente é reconhecido como um entregador do iFood.
  

A comunicação 
Nos últimos anos, com o aumento da concorrência, o iFood não pretende perder o primeiro lugar facilmente. Além das inúmeras aquisições, inclusive de grandes concorrentes, a marca resolveu investir pesado em marketing a partir de 2014. Com isso iniciou campanhas publicitárias recheados de humor e estreladas por celebridades como o humorista Fábio Porchat, as irmãs Bela e Preta Gil, os cantores Maurício Manieri e Gabriel (O Pensador), o modelo Rodrigo Hilbert, os atores Lázaro Ramos e Caio Castro, as atrizes Thais Araújo, Laura Cardoso e Juliana Paes, a apresentadora Márcia Goldschmidt, a cantora Anitta, a Drag Queen Gloria Groove, o influenciador Gil do Vigor, entre outros famosos. Além disso, o iFood passou a ser patrocinador de grandes eventos como o Rock In Rio (conheça essa outra história completa aqui), carnavais e até clubes de futebol, como por exemplo, o Flamengo. Todo esse investimento resultou na eleição do iFood como a marca mais amada pelos brasileiros em 2022, segundo a 4ª edição do Net Love Score (NLS).
   

Em meados de 2022, com o objetivo de criar um movimento de respeito e valorização dos entregadores, o iFood criou a primeira campanha direcionada aos entregadores, chamada “Tem Muito Mais Que Um Pedido Nessa Bag”. A intenção era dar visibilidade ao cotidiano dos entregadores que trabalham na plataforma e as diferentes iniciativas que impactam positivamente sua rotina, como ganhos, condições de trabalho, segurança e oportunidades. A ação publicitária contou com diversas peças produzidas para o digital, incluindo um filme principal (assista aqui) e uma série de vídeos documentais sobre o dia-a-dia desses entregadores e entregadoras, trazendo a mensagem de que dentro de cada bag vermelha estão também seus objetivos e sonhos que dependem dessa profissão, além das iniciativas da empresa para impactar positivamente na rotina dos profissionais e seu futuro.
   

A identidade visual 
O popular logotipo do iFood pode ser aplicado em fundo branco ou no tradicional vermelho da marca (neste caso, com o nome em branco). Para ambientes digitais a marca também utiliza um símbolo (representado pelas duas letras “O” e a seta abaixo), o que simboliza uma carinha estilizada com um sorriso.
   

Os slogans 
Muito mais que um pedido. (2022) 
O match perfeito entre você e sua melhor versão. (2021) 
Viver é uma entrega. (2020) 
Pensou comida, pensou iFood. (2019) 
Pra Qualquer Fome, Pede um iFood. (2018) 
Para qualquer fome. (2016) 
Baixou, pediu, comeu. (2014) 
Seu novo jeito de pedir comida. 
O delivery dos deliveries.
   

Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 15 de maio de 2011 
● Fundador: Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante 
● Sede mundial: Osasco, São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: iFood.com Agencia de Restaurantes Online S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Movile) 
● CEO: Fabricio Bloisi 
● Faturamento: US$ 991 milhões (2021) 
● Lucro: - US$ 206 milhões (2021) 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Funcionários: 5.500 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Plataforma mobile de delivery de comida e mercado 
● Concorrentes diretos: Rappi, 99Food, Daki, James Delivery, Aiqfome, Americana Mercado, Cornershop by Uber, Quero Delivery e Loggi 
● Ícones: A bag vermelha 
● Slogan: Muito mais que um pedido. 
● Website: www.ifood.com.br 

A marca no Brasil 
Atualmente o iFood, aplicativo mais usado pelos brasileiros na categoria de refeições, alimentos e bebidas - e o sexto em todo o mundo - está presente em mais de 1.780 cidades de 26 estados brasileiros (mais o Distrito Federal), conta com mais de 317 mil restaurantes e mercados cadastrados, 410 mil entregadores (160 mil ativos na plataforma + 250 mil nos restaurantes), mais de 40 milhões de usuários ativos e entrega 60 milhões de pedidos todo mês. O iFood faz mais de 200 mil pessoas felizes por dia. Nem no maior restaurante do mundo daria para atender, saciar e ainda garantir a satisfação de tantos clientes. Por todos esses números, o iFood domina mais de 80% do mercado brasileiro neste segmento e pertence a Movile, que assumiu o controle 100% da empresa em 2022 numa transação que chegou a R$ 9.4 bilhões. O modelo de negócios do iFood é baseado na cobrança de uma comissão sobre o valor de cada pedido de usuários aos restaurantes e mercados credenciados. 

Você sabia? 
Os estados que mais pedem sanduíches pelo iFood são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, em geral na hora do jantar, especialmente aos finais de semana. 
Hoje em dia, o iFood é capaz de fazer o delivery de mercado entre 5 e 15 minutos, e o de refeição, de 20 a 35 minutos. 
É básico: o iFood deseja que a comida chegue sempre deliciosa. Por isso dedica pesquisas também a novos modelos de embalagem para cada tipo e temperatura de prato. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame, Veja e Época Negócios), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha, O Globo e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 2/12/2022 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

Nenhum comentário: