27.7.12

THOMAS COOK


Não importa o destino, a categoria de hotéis, quantos dias, que companhia aérea ou até mesmo se grandes ou pequenos grupos. A agência de turismo THOMAS COOK há mais de 175 anos oferece principalmente aos europeus sempre os melhores pacotes e serviços para atender desde os mais exigentes aos turistas de primeira viagem, que queiram curtir momentos inesquecíveis sem ter preocupações. 

A história 
No início da década de 1840, apesar da expansão das estradas de ferro na Europa e do crescimento das empresas ferroviárias havia um problema significativo que colocava em risco o desenvolvimento e a qualidade da atividade turística: os horários e as tarifas eram complexos e as acomodações econômicas muito limitadas. Foi em meio a esse cenário que a história da marca mais proeminente no segmento de turismo começou. Em 1841, Thomas Cook, um marceneiro, missionário batista e vendedor de bíblias, e que iria se tornar o primeiro agente de viagens do mundo, teve que andar 15 milhas para um encontro de uma liga contra o alcoolismo na cidade de Leicester na Inglaterra. Visionário que era, para outro encontro, em Loughborough, ocorreu-lhe a ideia de fretar um trem com tarifas reduzidas, o que aumentaria a demanda pela viagem, para levar outros colegas. Juntou 570 pessoas, comprou e revendeu os bilhetes, configurando a primeira viagem agenciada, cuja data de partida foi dia 5 de julho. Já nesta viagem, ele foi pioneiro ao utilizar campanha publicitária para atrair clientes. Durante os próximos três verões Thomas organizou sucessivas viagens entre Leicester, Nottingham, Derby e Birmingham. A partir daí, criou as viagens em grupos, iniciando o que viria a ser a primeira e mais conhecida agência de viagens do mundo: originalmente batizada de COOKS TOURS.


No verão de 1845 foi organizada a primeira excursão comercial (visando lucro) para o litoral de Liverpool, que em apenas uma semana vendeu 350 passagens. Não contente em apenas vender as passagens ele publicou um pequeno livro de 60 páginas que continha informações preciosas sobre o roteiro (detalhes geográficos, históricos e até culinários dos lugares visitados), uma espécie de ancestral dos guias turísticos. As inovações de Cook marcaram a entrada do turismo na era industrial, no aspecto comercial. Os negócios foram se ampliando. Iniciaram-se as reservas em hotéis e restaurantes, o aumento dos números de viagens, a distância entre os locais, assim como a venda em grande quantidade. Em 1846, ele organizou uma viagem de Londres para Glasgow na Escócia com 800 pessoas, utilizando os serviços de um guia turístico, que cuidava dos mínimos detalhes. Diante da possibilidade de crescimento dos negócios turísticos, ele criou em 1851 um jornal, o The excursionist and Exhibition Advertiser, voltado para orientação em viagens, onde justificava e explicava seus produtos e serviços, visando atingir um público maior.


Em 1855, quando aproveitando a Exposição Internacional de Paris, levou turistas para a capital francesa, organizando assim a primeira excursão turística internacional, ele encontrou resistência das empresas ferroviárias que negaram tarifas especiais. Com isto criou a mais longa rota para a França, passando pela Holanda via Antuérpia, Bélgica e Alemanha. Havia ainda facilidades para as pessoas que não falavam francês, principalmente nos contatos com hotéis. Sendo assim a viagem foi um enorme sucesso. Em 1863 iniciou as viagens para a Suíça (quando 64 excursionistas escalaram os Alpes) e no ano seguinte para a Itália. E pouco depois, em 1865, além de inaugurar sua primeira loja (agência) em Londres (que também vendia acessórios de viagem, incluindo guias, malas, telescópios e calçados), organizou as primeiras viagens para os Estados Unidos, no ano seguinte. Porém, o turismo de massa organizado por Cook começou a perder importância e passou a ser alvo de críticas por parte das populações e por autoridades locais o que acabou originando as viagens por pacotes.


Algumas críticas começaram a surgir em decorrência do grande número de turistas que visitavam cidades históricas da Itália causando impactos turísticos nos locais visitados. Com a experiência adquirida com os bilhetes de trem, Cook criou em 1868 os cupons de hotel objetivando recuperar o mercado. Foram firmados vários acordos com hotéis nos itinerários dos trens. O hóspede tinha direito à acomodação com pensão completa. A ideia era criar um grupo de hotéis em que o cliente teria condições de escolher qual melhor lhe agradava e com tarifas diferenciadas. A grande dificuldade encontrada era negociar com os hotéis de diferentes países, devido à grande variedade de moedas. Dessa forma, em 1874, seu filho, John Mason, decidiu criar o “circular notes” que seria precedente dos atuais cheques de viagem, onde os clientes adquiriam os cupons (moeda circulante) podendo ser trocadas nos hotéis participantes. Em 1886, a agência THOMAS COOK já tinha levado por todo o continente europeu mais de meio milhão de turistas. Pouco depois passaria a abrir filiais pelo mundo, o que lhe permitiu conseguir descontos em diárias de hotéis, navios e trens.


Thomas e seu filho John Mason morreram na década de 1890, e os negócios foram assumidos pelos três netos do fundador: Frank Henry, Ernest Edward e Thomas Albert (conhecido como “Bert”). Até 1925, período em que foram introduzidas as viagens de férias de inverno, as primeiras excursões para o continente africano (incluindo os safaris), tours de carros e motos e viagens aéreas, a agência THOMAS COOK & SON dominou o cenário turístico mundial. No ano de 1927, a empresa organizou a primeira turnê aérea - de Nova York a Chicago - para a luta de boxe da categoria peso-pesado entre Dempsey e Tunney e cujo pacote de US$ 575 incluía passagem aérea, acomodação em hotel e ingresso para a luta. Em 1928, de forma inesperada, a família Cook, responsável por tonar as viagens mais acessíveis e motivando cada vez mais as pessoas a conhecerem novos lugares e culturas, vendeu a empresa para uma companhia belga, a Compagnie Internationale des Wagons-Lits et des Grands Express Européens, operadora do famoso Expresso Oriente. Para salvar a empresa do colapso após a Segunda Guerra Mundial, a THOMAS COOK foi estatizada em 1948.


Nas décadas seguintes, a empresa soube se aproveitar de um momento favorável, com a reconstrução dos países europeus, o aumento do poder aquisitivo e o grande crescimento da procura por viagens turísticas. Com isso, ampliou consideravelmente os serviços prestados, oferecendo a milhões de turistas o sonho de uma viagem inesquecível, com o lançamento de produtos inovadores como os seguros de viagens, cartões pré-pagos, reservas e compras de pacotes e passagens áreas pela internet (serviço lançado em 1997), pacotes específicos para grandes eventos esportivos (através da divisão THOMAS COOK SPORT), até a criação, em 31 de março de 2003, de uma companhia aérea de voos fretados (THOMAS COOK AIRLINES), que em 2016 transportou mais de 6.7 milhões de turistas.


Como forma de se manter competitiva, a empresa passou os últimos anos (e gastou muito dinheiro) fundindo-se com agências de viagens na Grã-Bretanha (a principal ocorreu em 2007 com a MyTravel Group) e no resto da Europa. E apesar de seu pioneirismo e tradição a THOMAS COOK no final de 2011 enfrentou o seu pior momento em mais de 170 anos de história. A empresa, que começou vendendo excursões de trem na Grã-Bretanha, sofreu com a concorrência, especialmente na internet com reservas de passagens online, com a má gestão, custos extremamente altos e uma enorme dívida. Muitos analistas cogitaram a hipótese da empresa ser dividida. Afinal, seus negócios na Alemanha e na Escandinávia eram relativamente saudáveis. Mas a THOMAS COOK era grande demais para falir. E de fato isto não aconteceu, porque nos últimos a empresa passou por uma grande reestruturação, conseguiu se reerguer e voltou a ser lucrativa. Como prova disso, em 2016, a empresa criou uma nova marca destinada ao mercado de luxo, a THOMAS COOK SIGNATURE, que oferece pacotes turísticos em hotéis de 4 e 5 estrelas e a possibilidade de reservar bilhetes em companhias aéreas selecionadas.


A evolução visual 
A identidade visual da marca THOMAS COOK passou por muitas modificações ao longo dos anos. O logotipo original, introduzido em 1880, sofreu a primeira remodelação em 1914, quando um quinto continente (Australasia) foi adicionado às fitas circundantes do globo, expressando assim a expansão da empresa pelo mundo. Em 1928 uma quinta fita foi adicionada, e o nome da marca mudou para Cook’s Travel Service. Pouco depois, em 1930, o tradicional globo foi substituído pela abreviação TC & S (referente ao nome Thomas Cook and Son).


Introduzido após a Segunda Guerra Mundial, em 1947, o novo logotipo da marca combinou o emblema da concha de peregrinos com o capacete alado de Mercúrio, Mensageiro dos Deuses. Um globo também foi incluído na identidade visual. Em 1955, uma mudança radical: o logotipo em vermelho e o nome da marca sem apóstrofe. Finalmente em 1974 o logotipo adotou o nome THOMAS COOK com uma nova tipografia de letra. Em 1989 esse logotipo ganhou uma caixa vermelha de fundo (com o nome da marca escrito em branco).


Em 2001, após a aquisição da THOMAS COOK pela alemã Condor & Neckermann, um novo logotipo foi introduzido, combinando o nome da empresa britânica com as cores azul e amarela (representando mar e sol, que remetem a férias) da C&N. Em outubro de 2013 a marca apresentou sua atual identidade visual, completamente remodelada: foi criado o símbolo “Sunny Heart” (uma espécie de sol em forma de coração, para evocar o calor e a emoção para todos os tipos de férias, até mesmo as de inverno) e uma nova tipografia de letra foi adotada (que pode ser em preto ou cinza).


Os slogans 
You Want We Do. (2016) 
Leave it to us. You’re on Holiday. (2015) 
Let’s Go! (2013) 
Travel Smooth. (2012) 
It’s a wonderful world. Explore it with us. (2012) 
Our world revolves around you. (2007) 
The world on sale. Everywhere must go. (2004) 
No one works harder on their holidays. (2002) 
It’s time to leave the country. (2001) 
Don’t just book it. Thomas Cook it. (1984) 
They’re better now than they’ve ever been. (1981) 
Your one-stop travel shop. (1977) 
Cook’s For Travel. (1935)


Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundação: 1841 
● Fundador: Thomas Cook 
● Sede mundial: Peterborough, Inglaterra 
● Proprietário da marca: Thomas Cook Group plc 
● Capital aberto: Sim (2007) 
● Chairman: Frank Meysman 
● CEO: Peter Fankhauser 
● Faturamento: £9 bilhões (2017) 
● Lucro: £12 milhões (2017) 
● Valor de mercado: £1.84 bilhões (abril/2017) 
● Agências: 2.900 
● Presença global: 22 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 22.000 
● Segmento: Turismo 
● Principais produtos: Pacotes turísticos, passagens aéreas e cruzeiros marítimos 
● Concorrentes diretos: TUI Travel, Virgin Holidays, Holidaybreak, Carlson Wagonlit, Cox & Kings, Travelocity e Expedia 
● Slogan: Leave it to us. You’re on Holiday. 
● Website: www.thomascook.com 

A marca no mundo 
Hoje em dia a THOMAS COOK oferece a mais completa linha de serviços turísticos no Reino Unido, Irlanda, Índia, Oriente Médio, Europa e América do Norte, possuindo aproximadamente 2.900 lojas (agências) em 17 países. Anualmente a THOMAS COOK, segunda maior agência de turismo do continente europeu, oferece seus serviços e pacotes para mais de 19.1 milhões de pessoas através de sua rede de agências, sites e call centers. No último verão, os destinos mais populares comercializados pela empresa foram Espanha, Grécia, Turquia, Estados Unidos e Caribe. A empresa ainda é proprietária de 190 hotéis em 16 países e da companhia aérea THOMAS COOK AIRLINES, que oferece voos para mais de 70 destinos através de uma frota de 35 aeronaves. 

Você sabia? 
A THOMAS COOK foi responsável por tornar acessível às viagens e o turismo para pessoas da classe trabalhadora e da classe média, padronizando-os e produzindo-os em massa, fazendo com que o turismo se tornasse semelhante à produção de automóveis fordista (entenda-se Henry Ford). Pessoas com um mesmo comportamento, visitando os mesmos lugares e consumindo as mesmas coisas. 
Com 64 anos de idade, em 1872, Thomas Cook (conhecido como “O Pai do Turismo de Massa”) partiu para seu projeto mais ambicioso: a volta ao mundo. Em companhia de quatro ingleses (incluindo uma mulher), quatro americanos, um grego e um russo, eles visitaram os Estados Unidos, Japão, China, Índia, Sri Lanka e os países árabes. A viagem durou 222 dias e percorreu mais de 29.000 milhas. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 29/4/2018

Um comentário:

Anônimo disse...

voce pode falar da air new zealand por favooor?! quero muito saber da historia dessa empresa!