12.8.13

CARL ZEISS


Você sabia que nós recebemos 80% de toda a informação através dos olhos? Visão é de longe o nosso sentido mais importante. E justamente por isso há 160 anos a CARL ZEISS tem realizado constantes pesquisas e avanços tecnológicos, contribuindo para a evolução da ciência e a melhoria da qualidade de vida humana, oferecendo produto de alta precisão, tecnologia e conforto. 

A história 
Tudo começou no dia 17 de novembro de 1846 quando Carl Friedrich Zeiss, um mecânico de 30 anos, abriu uma fábrica e uma pequena loja de mecânica de precisão e ótica na cidade de Jena, localizada na Turíngia. Em apenas alguns meses, ele, que não só tinha uma base teórica sólida e uma boa experiência prática, mas também era bem relacionado com cientistas e matemáticos da tradicional Universidade de Jena, já havia formado uma clientela para quem consertava aparelhos científicos e instrumentos ou os produzia de acordo com as especificações de seus clientes. Além disso, o pequeno estabelecimento vendia óculos, escalas químicas, aparelhos de desenho, telescópios, balanças e termômetros. No ano seguinte, o sucesso nos negócios encorajou-o a contratar um assistente e um aprendiz, e a alugar uma oficina maior. No verão deste mesmo ano, seguindo o conselho de seu professor, o botânico Mattias Jacob Schleiden, ele focou sua atenção para montar um microscópio simples. E deu resultado: em setembro produziu o primeiro microscópio simples (só de uma lente). Inicialmente foram vendidas aproximadamente 23 unidades.


No início dos anos de 1850, ocorreu um forte aumento na demanda de instrumentos de observação nas fábricas da empresa, que gozava de uma excelente reputação entre os microscopistas em virtude de seu trabalho meticuloso. Na época, o nível de interesse mostrado pelos cientistas e pelos profissionais médicos em microscópios compostos vinha crescendo, pois esses eram os únicos instrumentos que ofereciam as mais altas ampliações que eles desejavam. Com isso, a competição forçou Carl Zeiss a construir os microscópios compostos da maneira tradicional a partir de 1857.


Não somente a história da empresa, mas também da ciência, começaria a mudar em 1886 com o início da cooperação entre Ernst Abbe (físico da Universidade de Jena) e Carl Zeiss, que resultou na criação de lentes de grande precisão. A partir de 1872 essas começaram a serem preparadas por cálculos de Abbe (índice de dispersão cromática). O sucesso destas lentes objetivas alavancou ainda mais o crescimento da empresa. Além disso, Abbe desenvolveu a teoria da imagem no microscópio, que deu a empresa uma vantagem tecnológica importante: com base em cálculos científicos, alcançando assim propriedades óticas muito melhores. Em 1882, Carl começou a trabalhar com Otto Schott, pai da moderna tecnologia de fundição de vidros, que desenvolveu novos vidros óticos, aumentando assim a qualidade da ótica, e mais tarde os produziu em parceria com Zeiss. Essa associação foi de extrema importância. De 1886 a 1923, surgiram 70 novos tipos de vidros, 59 deles produzidos pela Schott, uma empresa parceira da CARL ZEISS. A descoberta destes materiais deu origem a novos tipos de lentes oftálmicas, objetivas astronômicas e lentes para microscópios.


Em 1888, acometido por graves problemas de saúde, Carl Zeiss faleceu no dia 3 de dezembro na cidade de Jena. Como homenagem ao seu grande amigo e sócio, Ernst Abbe criou a Fundação Carl Zeiss, que estaria voltada para a alta tecnologia e pesquisas no segmento ótico, e pouco depois se tornaria a única proprietária das fábricas da empresa. Em 1893 a empresa abriu seu primeiro escritório de representação em Londres e, em 1906, inaugurou a primeira fábrica fora da cidade de Jena, localizada em Viena na Áustria. Já com uma importância econômica considerável, a CARL ZEISS se torna, durante a primeira metade do século 20, uma das empresas líderes em ótica com atividades no mundo inteiro. A CARL ZEISS enfrentou seus piores momentos durante a Segunda Guerra Mundial, quando a fábrica de Jena foi parcialmente destruída e as tropas americanas levaram 126 executivos e cientistas da empresa para a zona de ocupação. Somente em 1948 a Fundação Carl Zeiss reiniciou as operações no oeste, na cidade de Oberkochen, nordeste do estado de Baden-Württemberg, com o nome CARL ZEISS, enquanto no leste a fábrica de Jena foi nacionalizada e reiniciou a produção com o nome VEB CARL ZEISS JENA, seguindo caminhos separados.


Finalmente em 1990, com a queda definitiva do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, as empresas decidem unir-se sob o nome Fundação Carl Zeiss, que em 1995 adquiriu junto ao estado alemão a empresa CARL ZEISS JENA. Desde então muitos novos produtos foram desenvolvidos: microscópios destinados à medicina e à cirurgia; as lentes oftálmicas HYPAL e CLARLET 1.6 AS; as lentes progressivas GRADAL RD, destinadas à visão em interiores; espelhos especiais para telescópios e câmeras para satélites e binóculos. Além disso, a empresa iniciou um forte período de expansão internacional nos anos seguintes, que culminou com a inauguração de duas fábricas na Hungria, participação em um importante empreendimento na Bielo-Rússia e abertura de novos escritórios no leste europeu. Em 2002, adotou um novo posicionamento amparado pelo slogan “We make it visible” (algo como “Tornamos visível”). Pouco depois, em 2005, a Divisão de Óculos se funde com a empresa americana SOLA OPTICAL para formar a CARL ZEISS VISION, líder global de lentes para óculos.


Em 160 anos de uma rica história as inovações da CARL ZEISS contribuíram para os avanços alcançados em muitas áreas, que ajudaram na melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas. Eis aqui apenas alguns exemplos: sistemas para diagnóstico e terapia em oftalmologia, lentes para óculos, microscópios para pesquisa médica e microcirurgia, tecnologia de medição de alta precisão para as indústrias automotiva e de engenharia mecânica, além de sistemas óticos para um grande volume de produção de microchips.


A linha do tempo 
1857 
Início da fabricação dos microscópios compostos (uma lente objetiva e uma ocular), batizado de STAND I
1878 
Criação das lentes objetivas de imersão homogênea para microscópios, formando assim a poderosa base ótica para pesquisa de doenças infecciosas com a utilização de microscópio. 
1885 
Início da fabricação das lentes objetivas apocromáticas de diferentes tipos, secas e de imersão. 
1890 
Invenção da primeira lente anastigmática e livre de distorções (mais tarde chamada de PROTAR). 
1893 
Criação e desenvolvimento do método de iluminação que permitia o uso de toda a resolução das lentes objetivas desenvolvidas por Abbe. 
1896 
Desenvolvimento do primeiro microscópio 3D. 
1902 
Lançamento da TESSAR, mais famosa lente já criada, que foi popularmente chamada de “o olho de águia de sua câmera”. 
1908 
Lançamento dos óculos telescópicos para usuários com extremo grau de miopia. 
1912 
Lançamento das lentes PUNKTAL, que pela primeira vez permitiam imagens idênticas para um grande campo de visão. 
1924 
Início da produção do primeiro lote de objetivas corrigidas ao infinito, para o microscópio metelográfico LeChatelier. 
Produção do primeiro microscópio cirúrgico. 
1935 
O Dr. Smakula, cientista da CARL ZEISS, descobre um novo processo que aplicado sobre lentes proporcionava maior transparência. A este processo atualmente é dado o nome de tratamento anti-reflexo. Esta descoberta, apesar de ter sido patenteada, foi considerada secreta devido à sua importância militar. 
1936 
● Início da produção das primeiras lentes de contatos. Feita em vidro escleral (maior que as lentes de contato atuais) podia ser usada no máximo por duas horas diárias, pois impedia a passagem de oxigênio. Essas lentes foram criadas por Heinrich Wöhlk, que tinha uma forte hipermetropia e cansou-se de usar lentes grossas e desconfortáveis. Com auxílio do Professor Dr. Heine, diretor chefe da Oftalmologia da Universidade Kiel na Alemanha, ele criou a primeira lente de contato que se tem conhecimento no mundo. 
1938 
Lançamento dos primeiros fotomicroscópios, das primeiras objetivas com correção esférica e do primeiro microscópio de fase. 
1940 
Mais uma vez de forma inovadora a empresa utiliza materiais plásticos para a confecção das suas lentes de contato. 
1943 
Lançamento das lentes anti-reflexo. 
1950 
Lançamento do sistema modular de microscópios Standard, do foto-microscópios com câmara integrada e das lâmpadas de fenda para oftalmologia. 
1955 
Início da produção em escala de tubos de imagem para TV. 
1958 
Lançamento dos binóculos com oculares para portadores de óculos, que permitiam a observação com o uso dos óculos. 
1960 
Fabricação das câmeras fotográficas utilizadas no projeto Apollo. 
1964 
Início da produção de fibras óticas. 
1965 
Lançamento da técnica de contraste de interferência e dos microscópios metalográficos Neophot, que conquistariam renome mundial.
1972 
Lançamento da SONNAR SUPERACHROMAT, primeira lente para câmeras com correção de cores virtualmente perfeita. 
1974 
Lançamento das lentes TITAL, na época as mais finas para míopes. 
1975 
A fabricação de um espelho com 35m de diâmetro, destinado a um telescópio encomendado pelo Instituto de Astronomia Max Planck, resultou no maior projeto jamais realizado por uma fábrica de ótica. 
1983 
Desenvolvimento de uma nova lente oftálmica (a lente progressiva GRADAL HS), que iria revolucionar a oferta de produtos óticos graças à sua nova concepção na formação das imagens, permitindo condições visuais idênticas para os dois olhos, em todas as direções. 
1985 
Lançamento do sistema de controle por voz para microscópios cirúrgicos. 
1986 
Enquanto a VEB CARL ZEISS JENA lançava a série de microscópios com ótica corrigida ao infinito; a CARL ZEISS lançava a série AXIO. Nesta altura eram os dois únicos fabricantes a produzir ótica com correção ao infinito. 
1991 
Lançamento dos microscópios digitais de alta precisão para medicina, cirurgia e oftalmologia. 
2001 
Pela primeira vez as lentes progressivas GRADAL INDIVUDUAL são produzidas levando-se em conta parâmetros pessoais, por exemplo, a distância entre os olhos. Isto oferecia campos de visão maiores e, com isso, maior conforto visual.


Em busca da perfeição 
O segredo do sucesso das lentes CARL ZEISS está em seu processo de fabricação, pautado por uma incansável busca pela perfeição, capacitação técnica e testes precisos e constantes. Cientistas, engenheiros e técnicos em ótica da empresa, sabem que criar lentes é muito mais do que apenas combinar vidro e metal. Durante o processo de fabricação cada lente, uma a uma, é testada mais de 100 vezes, tudo para assegurar sua qualidade e durabilidade, através de um sistema exclusivo chamado MTF (Modulation Transfer Function) que realiza inúmeras medições em tempo real.


Totalmente voltada para pesquisa e desenvolvimento de produtos revolucionários, a empresa é responsável pela grande maioria das inovações na área da optoeletrônica e de produtos para visão. Seus modernos centros de pesquisa produzem o incrível número de quase duas solicitações de registro de novas patentes por dia útil. São aproximadamente 400 solicitações por ano. Esse perfil inovador faz com que dois terços do faturamento da CARL ZEISS seja proveniente de produtos lançados há menos de cinco anos.


A evolução visual 
A identidade visual da CARL ZEISS passou por inúmeras modificações ao longo dos anos, especialmente em virtude das fusões, desapropriações durante os períodos de guerra. A primeira identidade visual como marca registrada surgiu somente em 1906 e, nos anos seguintes, ganhou várias novas versões.


Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a consequente divisão em duas empresas independentes, as identidades visuais também foram radicalmente modificadas.


Após a reunificação da Alemanha no início dos anos de 1990, a empresa adotou um novo logotipo, que foi modernizado em 1997, adotando um tom de azul mais escuro.


Os slogans 
We make it visible. (2002) 
Precision for your eyes.


Dados corporativos 
● Origem: Alemanha 
● Fundação: 17 de novembro de 1846 
● Fundador: Carl Zeiss 
● Sede mundial: Oberkochen, Alemanha 
● Proprietário da marca: Carl Zeiss AG 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Theo Spettmann 
● CEO & Presidente: Dr. Michael Kaschke 
● Faturamento: €4.16 bilhões (2012) 
● Lucro: €250 milhões (2012) 
● Fábricas: + 40 unidades 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 24.000 
● Segmento: Ótico 
● Principais produtos: Microscópios, lentes fotográficas, lentes multifocais e produtos cirúrgicos 
● Concorrentes diretos: Leica, Essilor, Hoya, Nikon e Olympus 
 ● Slogan: We make it visible. 
● Website: www.zeiss.com.br 

A marca no mundo 
A CARL ZEISS, que atua nos segmentos de soluções industriais, soluções em pesquisa, tecnologia médica e ótica para o consumidor, está presente em mais de 100 países, possui mais de 40 unidades fabris e mais de 50 centros de assistência e distribuição, bem como aproximadamente 20 centros de pesquisa e desenvolvimento, emprega 24.000 pessoas e faturou €4.16 bilhões em 2012. Hoje em dia a empresa desenvolve e fabrica planetários, lentes, lentes objetivas fotográficas e cinematográficas, binóculos, bem como soluções para a pesquisa biomédica, tecnologia médica, indústria de semicondutores, automotiva e mecânica. A CARL ZEISS é 100 % de propriedade da Carl-Zeiss-Stiftung (Fundação Carl Zeiss). 

Você sabia? 
A CARL ZEISS está atualmente no processo de concepção dos componentes óticos para o Telescópio Espacial James Webb definido para substituir o Telescópio Espacial Hubble, provavelmente em algum momento de 2014. 
Mais de 100 lentes objetivas da CARL ZEISS estavam entre as ferramentas dos produtores da trilogia “O Senhor dos Anéis”. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 12/8/2013

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